Tablóide da Uganda lista 100 gays influentes do país e pede que sejam punidos
O tablóide da Uganda "Rolling Stone" (não tem relação com a revista) fez uma lista com o nome de 100 homossexuais influentes no país e pede que sejam punidos pelo “crime”.
A capa traz a chamada "100 figuras homossexuais ugandesas" sob uma faixa em que está escrito "Hang Them" (Enforquem-nos). Fotografias e endereços dos “acusados” estão publicados nas páginas internas do jornal.
Pelo menos quatro dessas pessoas já foram agredidas. O jornal "Roling Stone" diz que publicou a lista por conta de uma doença desconhecida, mas mortal, que está afetando os homossexuais no país. O jornal afirma que os homossexuais ugandenses estão indo às escolas para “recrutar” um milhão de crianças para que se transformem em homossexuais. Por isso, os gays do país devem ser punidos (mortos ou presos).
Giles Muhame, o editor do jornal, disse: “sentimos que a sociedade precisa de saber que estas pessoas existem entre nós. Algumas estão a recrutar as nossas crianças para a homossexualidade e isso é uma coisa má, precisa de ser exposta." E ainda: "fizemos (a lista) porque a homossexualidade é ilegal, inaceitável e insulta o nosso estilo de vida tradicional."
Ruanda pode criminalizar homossexualidade
No último dia 16, parlamentares de Ruanda deverão realizar o último debate sobre o projeto de lei que visa criminalizar a homossexualidade no país. A decisão final sobre o assunto pode ser divulgado até o fim desta semana. Em seu artigo 217, o esboço do Ato do Código Penal prevê tornar criminosa "qualquer pessoa que pratique ou estimule outra pessoa do mesmo sexo a ter relações sexuais ou qualquer outra prática sexual".
Quem vai decidir se Ruanda dará um passo para trás no que se refere aos direitos dos LGBT será a Câmara dos Deputados. Caso os políticos votem pela criminalização da homossexualidade, a terrível regra deverá ser analisada por senadores no começo de 2010. Para a Comissão Internacional de Direitos Humanos de Gays e Lésbicas (IGLHRC), o artigo 217 viola os direitos humanos básicos e contradiz a própria Constituição de Ruanda.
Junto com outras entidades de representação LGBT, a IGLHRC pede que a comunidade internacional se manifeste contra o projeto.
A proposta anti-gay em Ruanda faz aumentar a preocupação geral sobre a situação de homossexuais africanos. Ruanda é vizinha de Uganda, país que vem discutindo a implantação da Lei Anti-Homossexualidade. Este projeto prevê a proibição do ativismo LGBT e pena de morte para quem transar com pessoas do mesmo sexo.
Fonte: MixBrasil
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