quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Uganda: jornais proibidos de publicar listas de homossexuais


O Supremo Tribunal ugandês proibiu os órgãos comunicação social do país de divulgarem a identidade de pessoas que consideram ser homossexuais, numa decisão que foi elogiada por grupos activistas dos direitos LGBT.

A decisão foi tomada três meses depois de um tablóide local intitulado de The Rolling Stone, sem qualquer relação com a revisa de música norte-americana, ter publicado uma lista de pessoas que acreditavam ser gay.

O jornal incitava a população a denunciar as pessoas em questão à polícia e pedia ainda a morte dos homossexuais. O artigo foi publicado no passado mês de Outubro e alegava a existência de um plano para recrutar um milhão de "crianças inocentes" em 2012.

De acordo com a BBC, pelo menos quatro pessoas dizem ter sido atacadas depois dos seus nomes e fotografias terem sido publicadas. Recorda-se que no Uganda práticas homossexuais são ilegais e as comunidades gays vivem ainda em clima de medo.

"O juiz garantiu um ordem permanente contra a Rolling Stone por ter publicado os nomes. Mas a ordem foi mais longe e foi estendida a todos os média", declarou o advogado John Francis Onyango, citado pela cadeia britânica.

No passado mês de Outubro, o tablóide fez uma lista na qual "denunciava" 100 pessoas que considerava serem o "top" de homossexuais e lésbicas, com fotografias e moradas de casas numa caixa de texto com o título "enforquem-nos".

No mês seguinte, o mesmo jornal publicou uma nova lista de 10 pessoas alegadamente gay, também com endereços e alegados detalhes íntimos dos seus corpos.

Em declarações à agência EFE, o director da publicação, Giles Muham, disse estar a defender "os valores morais da África cristã".

Fonte: tvi24

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